Angelus: Discipulado exige paixão e entrega

Papa Leão XIV reforça que a missão da Igreja exige cristãos comprometidos, não apenas religiosos ocasionais

Na manhã deste domingo (6), antes de seguir para um breve período de repouso em Castel Gandolfo, o Papa Leão XIV conduziu a oração do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro.

Inspirado pelo Evangelho do 14º Domingo do Tempo Comum (Lc 10, 1-12.17-20), o Pontífice reforçou a urgência de uma Igreja missionária, formada por discípulos fervorosos e comprometidos com o anúncio do Reino de Deus.

O Evangelho recorda o envio dos setenta e dois discípulos por Jesus, um número que, segundo o Papa, simboliza que a esperança do Evangelho é para todos. Leão XIV destacou que o mundo atual, mesmo imerso em distrações e superficialidades, carrega o desejo por sentido, justiça e vida eterna.

O Santo Padre alertou, no entanto, para a escassez de trabalhadores dispostos a se dedicar com coragem à missão evangelizadora:

 “O Senhor quer realizar algo grande em nossa vida e na história da humanidade, mas poucos param para acolher esse dom e levá-lo adiante.”

Papa Leão XIV - Angelus

Ao falar da realidade da Igreja, o Papa fez um chamado:

 “O mundo não precisa de quem pratica a fé como um simples adorno ou obrigação religiosa. A Igreja precisa de discípulos apaixonados, pessoas dispostas a trabalhar, todos os dias, no campo de Deus.”

Papa Leão XIV - Angelus

Ele lamentou a presença de muitos “cristãos de ocasião”, ou seja, aqueles que demonstram alguma religiosidade alguns momentos, e encorajou a formação de uma fé cotidiana, que transborde na vida familiar, no trabalho, nos estudos e junto aos mais necessitados.

Para isso, ressaltou o Papa, não bastam estratégias ou teorias pastorais. A chave está na oração e na intimidade com Deus:

 “Em primeiro lugar está a relação com o Senhor, cultivando o diálogo com Ele. Então, será Ele que nos tornará seus operários e nos enviará ao campo do mundo, como testemunhas do seu Reino.”

Papa Leão XIV - Angelus

Ao concluir, Leão XIV pediu a intercessão da Virgem Maria para que todos os batizados se tornem “operários alegres” do Reino de Deus, sem medo de semear esperança e fé no mundo de hoje.