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sacerdote da Diocese de Novara e coadjutor da paróquia de Cannobio, foi encontrado sem vida na residência do oratório paroquial

Segundo relatos o padre cometeu suicídio

sacerdote da Diocese de Novara e coadjutor da paróquia de Cannobio, foi encontrado sem vida na residência do oratório paroquial
sacerdote da Diocese de Novara e coadjutor da paróquia de Cannobio, foi encontrado sem vida na residência do oratório paroquial (Foto: Reprodução)

A morte de um padre por suicídio é uma dor imensa e, ao mesmo tempo, um grito silencioso que a Igreja não pode ignorar. É como se, de repente, caísse a cortina do que muitos não querem ver: que por trás da batina há um homem. Um homem que ama, que serve, que dá a vida — mas que também sente, sofre e, às vezes, se esgota.


O sacerdote não deixa de ser homem ao ser ordenado. Ele continua tendo corpo, mente, alma, limites e fragilidades. Ele sente solidão. Ele carrega o peso de decisões difíceis, a responsabilidade de conduzir uma comunidade, o olhar crítico constante. Às vezes, tudo isso sem ninguém com quem desabafar de verdade.


O padre é muitas vezes cobrado por ser irrepreensível, sorridente, perfeito. Se ele parece cansado, julgam. Se se recolhe, criticam. Se não visita todas as casas, é acusado de preferência. Se busca ajuda, dizem que é fraco. Mas quem carrega a cruz sem Cireneu pode desabar.

Padre Chrystian Chankar


✝️ No sábado, 5 de julho de 2025, o padre Matteo Balzano, sacerdote da Diocese de Novara e coadjutor da paróquia de Cannobio, foi encontrado sem vida na residência do oratório paroquial. Tinha 35 anos. Nascido em 3 de janeiro de 1990, em Borgomanero, padre Matteo foi ordenado sacerdote em 10 de junho de 2017 por dom Franco Giulio Brambilla, bispo de Novara. Segundo as informações obtidas, ele tirou a própria vida.


Trata-se de uma notícia dramática que deixa toda a comunidade cristã consternada e deveria suscitar uma séria reflexão em toda a Igreja: dos bispos aos presbíteros, dos religiosos aos leigos. Mais uma vez surge, com urgência, a questão do apoio psicológico, da proximidade entre sacerdotes, do afeto paterno dos superiores. Muitos padres hoje vivem situações de solidão, estresse e sofrimento silencioso. Com muita frequência são deixados sozinhos, sem escuta nem apoio. Há histórias complexas, às vezes marcadas por abusos de poder, dinâmicas opressivas, pressões indevidas por parte dos superiores, que geram profundo desconforto e sofrimento. Mas essas histórias permanecem silenciadas, removidas, ignoradas. Até que ocorre a tragédia. E então se chora. Mas é tarde demais.

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